sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Festa do ABC e Felicidade no ano 2013

Texto em prosa com intenção de crônica.
Festa-Formatura do ABC Infantil da minha filha Renata — realizada no dia 8-12-2013.
Fiquei muito alegre. (Conforme Descartes, a alegria é uma paixão da alma.) Senti uma emoção indizível ou, como diria o poeta Catulo da Paixão, “eu não podia definir o que só sabia sentir”.
Chorei na hora do Hino. Como acabei de falar em poeta, escrevo esta quadra:
Comovido, ao escutar,
chorei na hora do Hino,
vendo menina e menino
que vibravam ao cantar.

Vi naquele clube da Festa a realização de um sonho ou, em outra perspectiva, o final de uma jornada estudantil para o começo de outra (já que o Estudo não para).
Cada mesa reunia uma família em nome de um filho, um ideal; algumas com dois ou três, visto que parecia haver trigêmeos entre os Formandos.
Por alguns momentos, vivi o dilema de me comportar com educação: por um lado, “não se deve olhar detidamente para uma pessoa”; por outro lado, querendo (eu) observar o rosto irradiante de alguém. Naturalmente, olhei de relance. Como aquela alegria contagiava, passei a ser “ligeiramente mal-educado”...
Mas a minha concentração, os olhos e o coração — talvez os meus cinco sentidos — estavam mesmo naquela Turma de Concludentes.
Cada gesto e cada imobilidade encerravam-se em torno de um semblante sorridente. Há tempos, eu não via o gesto de sorrir, ou melhor, a liberdade do sorriso, tão exercitada.
Sorrindo e livres, as crianças andavam como se voassem — notadamente ao descer a escada. Eu suponho: "quanto mais o corpo descia, mais o espírito subia". Com a sua leveza, as meninas pareciam borboletas e os meninos, passarinhos. "Não precisa falar em estrelas, porque todos brilhavam."
Na certa, sentiam a sensação feliz e inconsciente de voar. (Quem sabe se alguns não pensam em ingressar na Força Aérea?). 
Para mim, eram como se tivessem aprendido a ser felizes, enquanto aprenderam a ler! 
Em mais um dos momentos solenes — quando um Aluno fazia sua participação perante o Público —, ele disse (salvo engano) que, "de uma pesquisa feita aos Doutores Infantis, eles, resultou que todos os seus colegas tinham o objetivo de serem felizes". As palmas foram efusivas e sonoras. Possivelmente, ele contava que o Saber, junto com os pais, gera também felicidade.
Transparecia ademais uma certeza: era que “eles e elas” sabiam se comportar com obediência (para não dizer com disciplina): em grupo, ou isoladamente; parados ou em movimento; em silêncio, ou em discurso, ou em cantiga.
A disciplina — cabe dizer, uma pilastra do militarismo — é a ordem com obediência; contém um aspecto (acho que seja psicológico), pois lembra a frase “Quem não sabe obedecer também não sabe mandar”.
Imagino como ficava o coração de cada criança daquelas: devia pulsar com vibrações, misturando suspense e contentamento. A cada nome citado, uma ansiedade era substituída por satisfação. "Devia ser mesmo uma encarnação da Felicidade!". 
Misturando sentimentos comovidos com ideias conscientes, termino aqui, assim como fiquei no final da Festa, salientando que a minha Filha refletia nos olhos a esperança que eu trago no peito (lugar do “brevê”) — isto é, brilhava o sonho de ser militar. Ela já se sente como tal, principalmente depois que recebeu a carteira de estudante. Suponho que ela já se acha “militar de carteirinha estudantil”.
Subtemas em aberto para o público leitor:
Aquela era a formatura que eu queria...
Acredito que todo pai deseja ver um filho assim...
Lindos cantos, belos dizeres...
Agradeço aos professores, diretores, coordenadores e comandos...
O discurso emocionado e espontâneo do Diretor-Geral...
A participação das Coordenadoras, na linha de frente... 
E outros pontos ou passagens... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário